Linha do Tempo


1978 - Três caras, que por horas ficavam na casa de esquina, (no Bairro da Aclimação - São Paulo), tocando violão, voz e gaita com o sonho de montar uma banda de rock.
Ali começava um grupo de rock que depois de uma discussão entre nomes como “A TESE”, “AURORA BOREAU”, “A GRUTA”, "TRIDENTE", Ulysses falou BANDA DA ESQUINA que foi aceito por todos.
Bruno Tancredo Júnior (Brunitz), Ulysses Picerni e José Luís Andreotti (Morcego batera), esses são os caras.
Bruno ganhou de seu pai uma guitarra elétrica, uma Giannini STRATOSONIC, com a grana do trabalho comprou um contrabaixo modelo STRATO da marca Snake, com isso, Zé Luis comprou uma bateria Pinguim.
No quarto de esquina fizeram o seu primeiro ensaio, se divertiram, mil ideias e muito barulho que ao passar do tempo foi se transformando em música.
Na vizinhança, existiam muitas bandas que nasceram na mesma época, o intercâmbio era inevitável, perfeito e saudável. Faziam ensaios na casa de todos. Era um entra e sai de rapazes cabeludos empunhando guitarras e meninas fãs, que os pais ficavam desesperados, fora o volume bem alto que tocavam, TORRE DE BABEL
Se apresentavam em escolas e festivais. Em 1980 Ulysses conheceu Arlete e decidiu deixar o grupo pra se casar. Bruno chamou João Passarelli (Jovethoven), que era baixista do grupo A TELHA para participar do festival da Sharp que, já estavam inscritos
A Banda da Esquina ficou em 2º lugar no festival “Prêmio Sharp de Música“ com a música FALSO MUNDO, de autoria de Bruno Tancredo Júnior e José Luís Andreotti. Brunitz também ganhou como MELHOR INTÉRPRE.

Hoje “Prêmio da Música Brasileira” (antigo Prêmio Sharp), é um prêmio de excelência na música popular brasileira. Foi patrocinado pela Sharp desde sua criação até 2002. Ressurgiu como Prêmio Caras, um ano depois, virou o Prêmio TIM, e desde 2009 Prêmio da Música Brasileira.
A parceria de Brunitz e Zé Luís estava indo muito bem em composições. Jovethoven esporadicamente ensaiava com Brunitz e Zé Luís. Em Janeiro de 1982, no Parque da Aclimação fizeram uma apresentação na Concha Acústica com Dalam Jr na guitarra, Brunitz no baixo e vocal e Zé Luís na bateria. Zé Luís deixou o grupo para entrar no movimento Hare Krishna, sem Banda, Brunitz foi morar no Arraial D’Ajuda (BA)
Cover - por um tempo...
Jovethoven foi convidado a participar da Banda Columbia Blues Band, e quando Brunitz voltou a São Paulo foi também convidado por intermédio de Jovethoven a entrar na Banda.
A experiência de tocar cover na noite, é um grande aprendizado para qualquer músico. As Bandas do circuito eram: S.O.S., COMITATUS, ROCK MEMORY, ÁRIES e tocávamos no Sampa Bar, De Repente, Aconteçe, Woodstock, Calabar, escadaria da FAAP, escolas de inglês, etc.
O Columbia da época era Wallace na bateria, Dárcio na guitarra, Biba nos vocais, Jovethoven no baixo, que foi substituído por Hendrick Raska e Brunitz na guitarra e vocais.
Em uma das apresentações do Columbia, Celso Simioni (Celsolizt), ex guitarrista do Columbia, foi assistir a Banda, conheceu Brunitz, que o sucedia, e que estava com problemas de potência em seu amplificador, estava muito fraco, Celsolizt, que entendia de eletrônica, ofereceu ajuda, e,
nessa mesma noite começou a escrever uma letra nas capas de seu talão de cheques, “Maria Fumaça”, que terminou a composição com Brunitz dias depois, ali começava uma parceria que duraria 20 anos.
Brunitz começou a remontar a Banda da Esquina. No baixo chamou Jovethoven e na bateria chamou Renato Mendes (Rena's Boy), ambos já tinham tocado juntos no Grupo A TELHA.
Começaram os ensaios na casa de Jovethoven, se apresentaram para testar a Banda e convidaram Celsolizt para ingressar no time dividindo as guitarras com Brunitz. O som estava ficando bem melhor. Brunitz deixa o Columbia para se dedicar a Banda da Esquina.
Recomeçaram os ensaios na casa de Brunitz para preparar material para gravação do primeiro álbum - Eleição Geral.
Se mudaram para a casa do Celso. A Banda da Esquina foi pegando força
Eleição Geral
Composições prontas, arranjos prontos e estavam preparados para o primeiro disco - ELEIÇÃO GERAL.
O Estúdio escolhido foi o Estúdio Abertura-SP. Gravaram seis músicas em seis horas.
Escolheram a faixa Eleição Geral, composição de Celsolizt, para abrir o disco e dar o nome para o álbum.
Essa música retrata muito bem o Brasil da época e o que queríamos.
O Governo de João Batista Fiqueiredo, foi o mais aberto da ditadura, quando ele assumiu a ditadura já estava praticamente encerrada, foi então que nas eleições seguintes, Tancredo Neves é eleito, (o primeiro civil a assumir a presidência depois de 1964), mas ele morreu antes de assumir, e assumiu o vice José Sarney.
A política de abertura promovida por Figueiredo nos anos 80, transição democrática, mudanças nos processos políticos pareciam ocorrer de forma muita rápida,

Novos Rumos
Em novembro de 1985, Rena's Boy deixa o grupo após o Show "Sutil Até Demais".
A Banda da Esquina ainda tinha que cumprir uma agenda de shows até o fim do ano.
Contrataram um baterista freelancer (Edinho), para cumprir a agenda e voltaram para o estúdio para redefinir seus rumos.
Fizeram alguns ensaios e shows com Beto Salaberry , Renato Pinheiro e Jorge Dernecheniam.
Jovethoven nessa época estava se aprimorando, tendo aulas numa escola de música e pediu ao seu professor que indicasse um baterista, ele indicou Júnior Moreno que foi contratado.
Júnior Moreno tinha dezesseis anos na época e um conhecimento musical muito parecido com o de todos os integrantes, o que facilitou muito a convivência e a criação.
Em março de 1986 já estavam em estúdio para a gravação de mais um disco "ABERTURA".
Em novembro de 1986 entraram novamente no estúdio gravaram o disco "ESTÚDIO ELDORADO".
Em 1988 gravaram o disco "COM UM DIA DE ATRASO".
Em 1989, Júnior Moreno deixou o grupo
Entraram nos anos 90 sem muitas perspectivas.
Foram empurrando até 1996 com ensaios esporádicos com diversos bateristas, e algumas apresentações.
Em 1996 começaram um projeto chamado “REHEARSAL” que gerou três discos.
Convidaram o P.A., (baterista do RPM). Entraram em estúdio.
Após a gravação do primeiro disco do projeto João Passarelli deixou o grupo.
Brunitz e Celso Simioni ficaram órfãos novamente e dessa vez de baixo e bateria, só restou pra eles continuar compondo.
Brunitz já estava ensaiando e se apresentando com a banda “EL MUERTOS” e chamou Rena's Boy para tocar bateria.
Celso casou, mudou de casa e conheceu um baterista, Washington Vianna, (“Xit@o”), e assim retomaram os ensaios com Brunitz assumindo o baixo.
Gravaram “REHEARSAL II” em 1998 e REHEARSAL III” em 1999.
Todo o projeto foi gravado no Estúdio Quórum.
Celso investiu em equipamentos de gravação e agora poderiam gravar em seu próprio estúdio.
Anos 2000
Em 2000, estavam se divertindo, agora tinham seu próprio estúdio.
Xit@o aparecia de vez em quando.
A Banda da Esquina tinha se tornado um DUO.
Celsolizt e Brunitz gravaram com diversos músicos que geraram dois discos “DA BOTA PRA FORA” em 2001 e “BANDA DA ESQUINA” em 2002.
Tocaram com Junior Moreno, Xit@o e P.A. na bateria, Lee Marcucci e Murilo Simioni no baixo.
Celsolizt e Brunitz tambem tocaram baixo, bateria, violão e guitarra em várias faixas.
Produziram e tocaram também no disco de Zé Henrique (EL MUERTOS) “LESMASOUX E OS DISCÍPULOS THE ZÉ”.
Em 2002 Brunitz e Celsolizt decidiram se separar
Nesse ano Brunitz entra no estúdio Caverna e grava com P.A. e Junior Moreno as bases do disco “BRUNITZ”, depois terminam as gravações e mixagem no estúdio Quórum com Ney Haddad tocando baixo em algumas faixas.
Em 2005 Brunitz e a Banda da Esquina gravam o disco “TATTOO” com Helcio Aguirra na guitarra, Thiago Souto na guitarra, Marinho Thomaz na bateria e Ney Haddad no baixo e em duas faixas gravou com naipe de metais com Alexandre "professor" Eufrozino, Nilson "rizada" Martins, Carlos "xixa" Pedreira e Marco Deleo.
Em 2007 Brunitz convidou Zé Márcio para tocar bateria e Jovethoven para tocar baixo.
Em 2010 Zé Márcio deixa a Banda da Esquina.
Em 2011 Brunitz e Jovethoven convidaram Rena's Boy para voltar a tocar bateria.
No final de 2017 Zé Márcio volta a tocar bateria
A cada reunião da Banda são feitos registros de áudio e vídeo.
JOSÉ MÁRCIO - Bateria
JOÃO PASSARELLI - Baixo
BRUNITZ - Guitarra e Vocais

